Porque não convém!
“Todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam” (1Co 10.23).
Nesta mesma carta, Paulo afirma: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12). Nesses versos, Paulo adverte contra toda e qualquer ação ou conduta que venha causar dano, ser tropeço, no relacionamento entre os cristãos e com Deus.
Paulo introduz aqui a questão da ética cristã, um desafio para a igreja de Jesus. A ética cristã diz respeito ao modo de ser e agir, ao caráter das atitudes humanas em relação ao padrão moral de Deus. A ética cristã, quando observada, exclui do crente a possibilidade de ações independentes, auto aprovadas, que não levam em conta os princípios e os padrões bíblicos.
Outro fato é que a ética é uma virtude só ativada no processo dos relacionamentos. Ou seja, quem define se um comportamento nosso é ou não ético não somos nós mesmos, mas aqueles a quem nos dirigimos.
No que diz respeito ao exercício do nosso viver cristão, que inclui o nosso relacionamento com Deus e com o nosso próximo, contexto que chamamos “a esfera da ética cristã”, talvez seja onde mais e mais cristãos têm encontrado dificuldades.
Como interagir sem tropeçarmos na ética? Como alinhar as nossas palavras com o que praticamos? Não é exatamente o nosso exterior que atesta o nosso ser ético. Não é o que fazemos ou o que não fazemos. A ética cristã está plenamente alicerçada naquilo que somos.
Sem atentar para a importância deste tema, muitos cristãos resvalam os pés. Escapam-lhes o alerta de Paulo: “Afastem-se de toda forma de mal” (1Ts 5.22). O cristão moldado pela Palavra é aquele que se submete ao padrão de Cristo, para que a Bíblia molde o seu modo de ser, agir e interpretar tudo ao seu redor.
O viver cristão ético está alicerçado numa vida que reflete as marcas humanas de Cristo. Uma vida mais agradável a Deus, que se expressa numa obediência voluntária.
O descrédito que o cristianismo vem sofrendo nos últimos anos decorre da falta de integridade no meio cristão.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues