Pastoral 559 – Eu sou o terceiro – Rm 15.1

“Eu sou o terceiro”

“Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos,
e não agradarmos a nós mesmos” (Rm 15.1).

Talvez uma das mais difíceis tarefas do nosso dia a dia seja a administração das adversidades, dos revezes e dos imprevistos que surgem em nosso caminho. Em especial, a maneira como lidamos com os conflitos nos relacionamentos e também como podemos desenvolver padrões de comportamentos que nos permitam aplicar os mandamentos da mutualidade dados por Jesus.

Para o apóstolo Paulo, conforme verso acima, há um caminho no qual teremos êxito. Um caminho que considera o outro, o próximo, conforme o próprio Senhor Jesus ordenou: “O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15.12).

No capítulo 15 da carta aos romanos, Paulo responde questões ligadas ao viver comum daqueles cristãos, e apresenta um modelo que vale a pena ser considerado:

Paulo inicia definindo o foro onde esses assuntos devem ser tratados: aos pés de Jesus – “Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor” (Rm 14.7,8). Na presença de Cristo não há separações nem rupturas. Quem dera as tensões entre irmãos, em toda a parte, tomassem assento aos pés de Cristo.

Em seguida, incluindo-se entre os que ele mesmo chama de “fortes”, Paulo define o papel das partes envolvidas – “Nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos”. Força, neste verso, não proclama orgulho nem autoconfiança, mas tão somente a confiança plena no poder e no senhorio de Cristo Jesus, em Quem reside toda plenitude da sabedoria e do conhecimento. “Portanto, cada um de nós (que ele chama: fortes) agrade ao próximo no que é bom para a edificação” (Rm 15.2).

Concluindo, Paulo sugere o exercício da paciência, sem o qual estaríamos nos excluindo do desenvolvimento frutífero da vida cristã – “Ora, o Deus de paciência vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros…” (Rm 15.5).

Muitas tensões do cotidiano perderiam força se as marcas do Deus compassivo, misericordioso, tardio em irar-se, fossem refletidas em nós. Que o Senhor nos dê a graça de aplicarmos tão sublimes ensinos em nosso viver.

                       Pr. Evaldo Bueno Rodrigues

Book your tickets