Adversidades fazem parte…
“Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos” Ne 6.9
“Alguns crentes têm a ideia de que se viverem para o Senhor e fizerem o que é certo, ele os guardará de toda adversidade. Atribuem as tribulações ou provações a algum pecado que possam ter cometido e, como resultado, gastam a vida trabalhando sob sentimentos de culpa e indignidade” (C.J.Barber – Neemias e a dinâmica da liderança eficaz).
De fato, andar nos caminhos do Senhor e dedicar-se à Sua obra não nos livra dos revezes desta vida nem das tentações que virão. Aliás, pensar assim, certamente resultará em frustração e desânimo.
Com certeza uma das razões do êxito de Neemias, na reconstrução dos muros de Jerusalém, foi esta: ele sabia que tribulações viriam, que enfrentaria oposição e perseguições e, em nenhum momento, deixou-se abater por nenhuma delas.
As maiores dificuldades que Neemias enfrentou não estavam no plano da engenharia civil, do que deveria ser feito ou como fazê-lo. A adversidades vieram dos inimigos dos judeus, dos vizinhos de Jerusalém, daqueles que lucravam com a situação de penúria que viviam os israelitas que habitavam a Cidade Santa. Mas, Neemias, “com as mãos fortalecidas pelo Senhor”, lidou com sabedoria e coragem diante de cada investida dos inimigos.
Porém, quando os inimigos externos eram vencidos, apareciam as crises e as intrigas internas: “era grande o clamor do povo contra os judeus, seus irmãos” (Ne 5.1). Neemias teve de lutar contra a injustiça social que predominava em Jerusalém. Os mais nobres e abastados explorando os pobres. Tal contexto quase pôs o trabalho a perder. Mas Neemias não perdeu tempo e logo solucionou os problemas internos.
Mesmo sob as mais cruéis e persistentes oposições, Neemias perseverou e foi bem-sucedido. Ele não ignorava as adversidades, mas confiava Naquele que lhe chamou para aquela grande obra.
Dentre as marcas de Neemias como um crente que deve ser imitado destacamos o seu caráter, a sua confiança em Deus e a sua coragem para enfrentar a oposição. Que Deus nos dê a graça de seguirmos esse exemplo.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues