Pastoral 535 – Depois de orar! Ne 1.11

Depois de orar…

“Faze com que eu tenha sucesso hoje e que o rei seja bondoso comigo.” Ne 1.11 (NTLH) 

Neemias, “o filho de Hacalias”, o copeiro do rei, na cidadela de Susã, conforme registrado em seu livro, era provavelmente da tribo de Judá. A história transcrita sobre Neemias começa quando ele recebe a visita de seu irmão Hanani que relata “grande miséria e desprezo” que estavam vivendo os judeus que retornaram do cativeiro Babilônico para Jerusalém.

A notícia causou profundo impacto em Neemias: “Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” (Ne 1.3).

Sabemos, pelos registros bíblicos, que este período de reflexão, oração e jejuns, durou cerca de quatro meses. Mas ao final desse tempo Neemias agiu! A oração é o ponto de partida, o segredo, o alicerce. Porém, não pode tomar o lugar da ação.

Chegou o tempo de agir e Neemias estava seguro em seu coração do que fazer. Aquele período de oração lhe dava segurança para agir. Deu-lhe ideias, planos, estratégias e até uma lista de pedidos a fazer quando o rei consentisse com o projeto que Deus colocara em seu coração.

Agora, portanto, era tempo de “marchar” (“Diga aos filhos de Israel que marchem.” Êx 14.15).  Foi assim que Deus disse a Moisés quando o povo estava às margens do Mar Vermelho, inquieto e duvidoso, por não crer no Todo Poder do Deus que os guiava.

Seguir em frente era o que impulsionava o coração de Neemias. Era um momento decisivo e crítico para a história do seu povo e ele não poderia falhar.

O rei Artaxerxes não mostrou sua benevolência e total apoio à reconstrução dos muros de Jerusalém até que Neemias lhe deu a conhecer o plano. O Mar Vermelho não se abriu até o povo marchar na direção dele. Também o rio Jordão só se abriu quando “as plantas dos pés dos sacerdotes tocaram as águas” (Js 3.13).

A oração é vital, mas há tempo de orar e tempo de agir. Se a oração tomar o lugar da ação, perdeu o seu propósito. Há tempo de orar e tempo de obedecer!

Pr. Evaldo Bueno Rodrigues

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