Deus, refúgio em todo tempo
“Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou de todas as suas angústias” (Sl 107.6).
Com toda certeza vivemos um dos períodos mais difíceis da história do nosso país. Despertamos a cada dia cercados de violência, insegurança, desemprego, desgoverno, corrupção em todos os segmentos sociais, impunidade, negligência com a saúde, descaso com a educação, entre outros, só para citar algumas das áreas mais atingidas na vida dos brasileiros. E esta realidade não reflete apenas o contexto do mundo não cristão; reflete também a igreja de Jesus. Os cristãos estão sendo vítimas deste caos público.
Repete-se na história da humanidade e, em especial para os cidadãos da nossa nação, um dos maiores desafios enfrentados pelo ser humano desde os primórdios da criação: a insegurança ou temor diante do acirramento das adversidades, das incertezas e da obscuridade do amanhã.
Basta observarmos como têm crescido as doenças psicossomáticas, fruto do estresse e ansiedades, que acabam por desencadear outros males. Se por um lado Jesus nos preveniu sobre esta realidade: “No mundo tereis aflições…”, é verdade também que nos encorajou: “mas tende bom ânimo…” (Jo 16.33).
É sobre isso que fala Davi: “se clamarmos o Senhor nos livrará de todas as tribulações”. Nos salmos de Davi encontramos uma enorme referência às suas angústias, lutas interiores e temores, mas em todas essas ocasiões o Senhor o livrou, e se apresentou como “refúgio bem presente na angústia” (Sl 40.1).
Isto porque o Senhor é ao mesmo tempo “zeloso e não inocenta o culpado”, mas também é “tardio em irar-se” (Na 1.2-3); “benigno, compassivo e misericordioso para com seus filhos” (Sl 103.8). O prazer de Deus é conduzir-nos em triunfo. Ainda que estejamos em “becos sem saída”, Ele fará o milagre acontecer.
Sejam quais forem as suas lutas, clame ao Senhor e Ele te socorrerá: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu os ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Co 7.14).
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues