Estou fazendo o dever de casa?
“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1Co 11.1)
Em nossa última pastoral falamos sobre a difícil tarefa de ser cristão, de acordo com os valores e princípios morais e espirituais, nos dias atuais. Difícil não por estar fora do alcance, mas por não ser a opção escolhida com frequência.
O momento é oportuno para considerarmos os escritos de um desconhecido do segundo século, Diogneto: “A diferença entre os cristãos e o resto da humanidade não é uma questão de nacionalidade, linguagem ou costumes. Os cristãos não vivem separados em cidades próprias, nem falam um dialeto peculiar, nem praticam um modo de vida excêntrico; não seguem esta ou aquela escola de pensamento humano. Os cristãos não podem ser definidos pela localização geográfica, estão em todos os lugares. Não se isolam das outras pessoas, mas estão no meio delas. Não se definem por um vocabulário próprio. Não se definem por costumes ou modo de vida nas dimensões exteriores da religião. E, não se identificam, como comunidade cristã, com uma determinada ideologia ou espírito da época”.
Tratamos desse aspecto da vida cristã ao afirmar que é preciso revitalizar o viver cristão ético, que está alicerçado numa vida que reflita as marcas humanas de Cristo. Aquilo que posso e devo imitar do meu Senhor. Mas como pais cristãos estamos fazendo nosso dever de casa? Estamos instruindo a futura geração na Palavra do Senhor?
Há alguns anos, o psicólogo Rubens de Aguiar, fez a seguinte declaração: “A personalidade dos filhos, sua estrutura emocional, tem seu início dentro de casa, dentro da disponibilidade dos pais de atender e acolher os filhos desde muito cedo. É isso que vai formar o caráter e a personalidade dessas crianças. Há pais perdidos! Há uma transformação muito rápida nas famílias. O poder do pai, antigamente inquestionável, foi perdendo seu lugar. A família está perdida nessa questão de limites. Está se dando muita liberdade aos filhos, talvez por um sentimento de impotência dos pais que não sabem o que fazer. É preciso resgatar a intimidade, o respeito, a conversa, o diálogo, a proximidade, o vínculo que se perdeu e faz muita falta”.
Se quisermos ser considerados imitadores de Cristo, devemos começar fazendo nosso dever de casa. Revisitar o capítulo 6 de Deuteronômio e cumprir nossa tarefa.
Que no fim dos tempos teríamos dias difíceis, o apóstolo Paulo já profetizou, mas o Senhor nos promete dar graça e capacitação para perseverarmos, a fim de não cooperarmos para uma estatística de insucessos nos nossos dias.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues