Deus, a família e uma enorme barca
“Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé e sua mulher na arca, com seus filhos e as mulheres deles.” Gn 7.7
“Quando o Senhor viu que as pessoas eram muito más e que sempre estavam pensando em fazer coisas erradas, ficou muito triste por haver feito os seres humanos. E disse: Vou fazer desaparecer da terra essa gente, que criei, e também todos os animais, os seres que se arrastam pelo chão e as aves, pois estou muito triste porque os criei. Mas o Senhor Deus aprovava o que Noé fazia” (Gn 6.5-8 – NTLH).
Não por acaso o Senhor declarou que “os pensamentos Dele não são os nossos e que os caminhos Dele são mais altos do que os nossos” (Is 55.8-9). Quem poderia imaginar uma “ideia” dessas. De repente, uma família começa a construir, no quintal de casa, uma gigantesca barca! Que loucura! Fato que se agrava se pensarmos que vivam num contexto totalmente improvável: o mar mais próximo ficava a mais de 500 Km de distancia e tudo o que conheciam de chuva era apenas um leve sereno.
Mas quantas coisas tremendas o Senhor Deus estava para fazer através de uma única família que O obedeceu! Que não obstante viver num ambiente corrompido, violento e imoral, permitiu-se ser guiada por Ele. Uma família que agradou a Deus, mesmo em meio ao caos.
Noé e sua família fizeram história porque perseveraram nos valores e princípios morais e espirituais que Deus lhes deu, mesmo em tempos difíceis. Andavam com Deus e tinham comunhão com Ele.
Noé nos ensina que é possível viver retamente diante de Deus mesmo no meio de um mundo depravado. Não só é possível ser diferente, ser exceção, como vale a pena ser. O sistema daqueles dias não determinou o caráter daquela família. Noé e os seus eram como uma foto colorida no meio daquele quadro branco e preto sem vida.
Será que se estivéssemos lá, naqueles dias, teríamos agradado a Deus como família? Teríamos salvo nossa família? Nossos filhos teriam entrado na arca conosco, mesmo sob as vaias e os deboches dos circunstantes?
Certamente Deus não vai pedir para construirmos uma arca agora, Ele não destruirá novamente o mundo com um dilúvio. Mas os requisitos para “entrar”, desta vez na vida eterna, ainda são os mesmos. Que Deus nos ajude a compartilhar isso com nossa família.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues