Pastoral 511 – Mulheres que encontraram força na fraqueza 1Sm 2.4

Mulheres que encontraram força na fraqueza

 “O arco dos fortes é quebrado, mas os fracos foram revestidos de força.” 1Sm 2.4

  O louvor de Ana, a mãe de Samuel, está entre os mais antigos e comoventes poemas do Antigo Testamento. É uma expressão de gratidão, um salmo de louvor ao favor divino diante do milagre operado por Deus, com a dádiva da maternidade. Este cântico, registrado no segundo capítulo do primeiro livro de Samuel, tem inspirado muitos autores na composição de preciosas poesias e mensagens, nas quais a fraqueza do homem, em Deus, é coroada com a força que vem de Deus.

  De modo geral a humanidade aprendeu a cultuar a força e o poder. Um conceito que integra o viver diário dos seres humanos desde o Éden. Em todos os tempos e por toda parte homens se vangloriam em exibir força e poder, e lutam pelo domínio e pela realização dos seus desejos, sejam eles extravagantes ou não. Para tais pessoas, enaltecer ou tirar algum proveito da fraqueza não é algo concebível.

Mas não é esse o princípio da Palavra do Senhor, onde os fracos são feitos fortes e os humildes são exaltados. Esta é também a história de Abigail, mulher de Nabal, que salvou a sua casa de uma destruição terrível por causa da insensatez de seu marido. Abigail percebeu a iminência de uma tragédia, e a urgência da ação. Mulher de valor inestimável! Da fraqueza tirou força e fez da humildade um escudo que impediu o mal sobre a sua casa.

E o que dizer da ousadia de Joquebede, mãe de Moisés, diante das cruéis investidas de Faraó sobre a sua casa? De onde, se não do seu Deus, veio-lhe força e coragem para proteger o filho?

Ana, no seu cântico de louvor, exalta a força do Deus que opera milagres, que quebra o arco dos fortes e reveste de força e vigor os humildes e fracos. Foi a sua vitoriosa experiência.

“O que as pessoas desconhecem é que é sempre sobre a fraqueza e a humilhação humana, e não sobre a força e a confiança do homem que Deus edifica o Seu reino; e Ele o faz não meramente a despeito de nossa incapacidade e enfermidades desqualificadoras, mas precisamente em virtude delas” (J. Stewart).

Dedicamos esta reflexão a todas as mamães, mulheres extraordinárias, das jornadas ininterruptas de trabalho, muitas vezes sem nenhum retorno de quem elas servem. Mas mulheres amadas pelo Senhor.

                      Pr. Evaldo Bueno Rodrigues

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