As portas, Deus abre; a tarefa é da Igreja!
“para que se conheça na terra o teu caminho; em todas as nações, a tua salvação” (Sl 67.1-2).
A Igreja não foi planejada por Deus para fazer missões. As Escrituras dizem que a Igreja foi comprada pelo precioso sangue de Cristo para ser um presente do Deus Pai para o Deus Filho. A Igreja é a noiva, criada para o louvor da glória do Deus Pai no Deus Filho.
Aos crentes em Éfeso Paulo escreveu: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos escolheu nele antes da fundação do mundo e nos predestinou para ele, para adoção de filhos, PARA O LOUVOR DA SUA GLÓRIA” (Ef 1.3-6). E, ainda, o próprio Jesus afirmou: “Eu edificarei a minha igreja” (Mt 16.18).
A missão é do Pai e do Filho, à igreja o privilégio de refletir a glória de Deus. À igreja a tarefa de apontar o caminho aos pecadores. À igreja a responsabilidade de levar as boas novas e cooperar com Deus que está à procura de “adoradores que O adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). Cabe à Igreja “tornar Deus conhecido às nações com vistas a levar outros a adorá-Lo” (Sl 67).
A obra missionária é a incumbência dos salvos, aqueles que já foram alcançados pela graça salvadora de Cristo. Uma tarefa urgente e inalienável da Igreja enquanto milita neste mundo, enquanto aguarda a bem-aventurada volta do Senhor Jesus Cristo e seu encontro com Ele (1Ts 4.16-17).
Esta é a mensagem central do Salmo 67 que nos acompanha ano após ano em nossas celebrações missionárias: “Aqueles que conhecem a Deus devem torná-Lo conhecido”. Por isso, a obra missionária tem de ter firme alicerce na genuína exposição do evangelho de Cristo. Certo pregador afirmou: “Aquilo com que você alcança as pessoas é também aquilo para o que elas foram alcançadas. Se você as alcança com o evangelho, elas são alcançadas para o evangelho”.
Nada, nenhuma outra motivação, nenhuma outra razão pode motivar missões na igreja. Missões apontam para fora, para o mundo ao redor, para os ainda não alcançados, para “Jerusalém, Samaria e confins da terra”. Missões não é mola propulsora de projetos ministeriais locais. Não é um tipo de atrativo religioso ou coisa parecida. Missões estão plantadas e têm de bater forte no coração de cada crente.
Através da obra missionária os povos conhecerão que o nosso Deus é Deus dos meios e dos fins. Ele é o Autor e o Consumador da fé (Hb 12.2); Ele é quem efetua tanto o querer e o realizar em nós, segundo a Sua vontade (Fp 2.13). Deus, através do Seu Espírito, é quem abre olhos e ouvidos aos que vão receber a mensagem. É o Espírito Santo quem outorga entendimento e fé para que creiam na pregação. Deus é o Único que pode despertar o pecador da morte espiritual. E tudo Deus faz para Sua própria honra, glória e louvor.
Por isso oramos: “abençoe-nos Deus, e faça o seu rosto resplandecer sobre nós; para que a terra conheça o teu caminho e a tua salvação”.
Que o Senhor nos ajude a lembrar desses fundamentos aos fazermos missões.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues