Eleições Municipais
O cristão e seu dever cívico
“Inclina ó Deus meu, os teus ouvidos e ouve; porque oramos fiados nas suas muitas misericórdias”. (Dn 9.18)
Talvez em nenhuma outra época da história cumprir nosso dever cívico foi tão dúbio como será nas próximas eleições de outubro. Desapontados com a degradação moral e com a corrupção da maioria dos representantes da classe política da nossa nação, muitos de nós nos sentimos pouco ou nada motivados a cumprir o dever cívico de votar.
Só a misericórdia do Senhor para nos livrar de falharmos como cidadãos e, só a graça Dele para não errarmos depositando confiança em pessoas erradas. Por isso: “inclina ó Deus, os teus ouvidos e ouve”. Socorre-nos porque não sabemos a direção a seguir. Temos a consciência do dever a cumprir e o faremos, mas com desejo de dias melhores.
A questão é: o que fazer nesse momento? Como lutar contra esse contexto de conduta moral deplorável que impera no nosso país e no mundo de hoje? Como travar luta por dias melhores e pela volta dos princípios e valores fundamentais da família? Como combater os escândalos e a corrupção?
A ganância não tem fronteiras, não tem limites. Uma verdadeira epidemia que está destruindo a sociedade, sucumbindo seres humanos no lamaçal.
O que fazer diante de uma crise de tamanha magnitude? Qual o papel da Igreja?
A Igreja sabe orar! A Igreja pode orar! A Igreja deve orar! Esta é a primeira ação da Igreja nesta hora! É a voz da Igreja que Deus quer e vai ouvir: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar e se converter dos seus maus caminhos, então eu os ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).
O apóstolo Paulo recomendou isso a Timóteo: “… façam orações, súplicas e ações de graças por todos os homens. Orem por todos que têm autoridade, para que vivamos vida calma e pacífica” (1Tm 2.2).
A segunda e importante ação da igreja nesta eleição é agir unicamente sob a orientação do Espírito Santo de Deus. É ser modelo de coerência cristã, ter um discurso compatível com os valores cristãos, defender a ética, a moral, os princípios Bíblicos que norteiam a sociedade e, combater toda e qualquer iniciativa que promova ameaças às verdades e valores cristãos.
Não obstante a realidade caótica do presente século, a Igreja de Cristo tem a sua parte a cumprir na construção de uma sociedade mais justa, de uma nação mais humanizada e fraterna. Faremos isso, testemunhando e apresentando Jesus ao nosso povo.
“Inclina, ó Deus meu, os teus ouvidos e ouve; abre os teus olhos e olha para a nossa desolação… porque não oramos fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias” (Dn 9.18).
Que Deus nos ajude nessas próximas eleições.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues