Pastoral 488 – O PAÍS DA IDEOLOGIA “JUCHE”

O PAÍS DA IDEOLOGIA “JUCHE”

Para compreender a Coreia do Norte é preciso voltar na história, final do século 17, quando o cristianismo ali chegou. Só no começo do século 20 um grande avivamento acontece, a ponto da capital Pyongyang ser conhecida como a “Jerusalém do Oriente”. Após a derrota japonesa na 2ª Guerra Mundial, Kim Il Sung chegou ao poder e impôs um regime comunista. Durante a Guerra da Coreia (1950-1953) muitos cristãos tentaram fugir. Antes da guerra eram 500 mil cristãos. Dez anos mais tarde, não se via mais a igreja; milhares foram mortos, presos, banidos e a igreja que restou era secreta.

O país tem duas ideologias: a “Juche”, que diz que o homem é autossuficiente; e a “Kimilsungism”, ou seja, a adoração aos líderes. O governo impõe uma classificação social, dividindo os norte-coreanos em amigáveis, neutros e hostis. As classes ditam a posição social, acesso a direitos, bem como o sistema de distribuição de alimentos.

A corrupção do governo e a fome são grandes ameaças à população. Um relatório da ONU mostrou que cerca de 16 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar crônica em diversos graus, altas taxas de desnutrição e problemas econômicos. A Transparência Internacional mostra que a Coreia do Norte é o país mais corrupto do mundo (com o Afeganistão e a Somália).

Para os norte-coreanos, ler a Bíblia ou expressar a fé cristã é altamente perigoso. Bíblias e outros materiais são cuidadosamente escondidos e são utilizados apenas quando se tem certeza de que se está realmente sozinho.

Encontrar com outros cristãos é um grande risco, assim como falar sobre a fé com outras pessoas. Muitos pais temem dizer a seus próprios filhos que são cristãos, pelo medo de serem descobertos, pois correm o risco de perder tudo, serem interrogados, tirados de suas famílias e enfrentar anos de miséria nos campos de trabalhos forçados. Lá, as pessoas recebem diariamente algumas gramas de comida de má qualidade para sustentar o corpo, que deve trabalhar 18 horas por dia. A menos que aconteça um milagre, ninguém sai desses campos gigantes com vida.

Igrejas não registradas não podem existir no país. Há quatro igrejas controladas pelo governo em Pyongyang que são usadas para mostrar ao mundo que há liberdade de religião, mas elas não funcionam como comunidades cristãs. São proibidas de produzir ou importar materiais cristãos e também de realizar qualquer atividade com jovens ou líderes.

A perseguição religiosa continua alta, embora os registros de violência não sejam tão elevados, devido ao fato de que nem todos os incidentes são relatados. Muito difícil acessar os relatórios dos campos de trabalhos forçados. Para os cristãos, não há mudanças positivas previstas politicamente, uma vez que são considerados inimigos do regime de Kim Jong-Un.

Devemos louvar a Deus pelas oportunidades que surgem, apesar das perseguições, e interceder para que novas oportunidades de evangelismo sejam descobertas. Portas estão se abrindo, pois o governo Norte-coreano está permitindo a entrada da ajuda humanitária. Oremos para que a evangelização cresça por este caminho.

Projeto Abraão
Levantando Intercessores pela Coreia do Norte

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