“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”. Lc 2.11
Que noite memorável para aqueles pastores de ovelhas nas campinas de Belém. A história não dá mais detalhes sobre o que fizeram depois que voltaram da visita ao recém-nascido, mas diz que “louvavam a Deus por tudo que ouviram e viram”.
Não sabemos quantos anos viveram depois desse extraordinário acontecimento, mas com certeza, cada dia a partir daquela noite, foram dias de testemunho da mais gloriosa experiência que alguém pode imaginar: a aparição do anjo; a manifestação da glória do Senhor; o “não temas”; o grande coral formado pela multidão de anjos; a notícia do nascimento do Salvador, o Messias, além de outros detalhes que somente eles, os pastores, puderam contemplar e que marcaram de forma indelével aquela noite.
Tudo porque Aquele que sempre esteve junto ao Pai, coroado de glória e majestade, desde os tempos eternos, Aquele que junto com o Pai criou todas as coisas e as sustenta pelo poder da Sua Palavra tomou forma humana, encarnou-se, e veio habitar entre nós para nos salvar de nossos pecados.
Se para nós a leitura dos textos que descrevem o nascimento de Cristo encanta e nos enche de alegria e esperança, como não deve ter sido para aqueles pastores, os primeiros a receber uma tão singular notícia?
Com certeza sentimentos semelhantes inspiraram o autor do hino cujo título nomeia esta reflexão:
“Vinde cantai! Jesus nasceu! À terra a Luz desceu! Oh! Graça infinda! Oh! Sumo Bem! Na gruta de Belém, Jesus, o Amado, ao mundo vem!”
A encarnação do Verbo da Vida, a vinda do Filho de Deus ao mundo, foi mesmo um acontecimento inaudito. Não por acaso a história dividiu-se em antes de Cristo e depois de Cristo. Não por acaso governos e reis se inquietaram com o Seu nascimento. Não por acaso entre os religiosos de plantão, os escribas, os fariseus e os falsos mestres houve irritação com a notícia do nascimento daquele que a multidão aclamava como sendo o “Filho de Davi” e João descreve como: “REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.16).
A realidade do nascimento de Jesus incomodou e ainda incomoda muita gente porque Ele é a Justiça de Deus encarnada. A Verdade absoluta que tomou forma humana e habitou entre nós para condenar e destruir toda obra maligna e apontar o caminho de volta para o Pai.
Sempre é tempo de recordar a história de Cristo, como diz o hino: “Vamos, ó crentes recordar. Quem assim nos pode amar. O Rei da glória, o Sumo Bem! Na gruta de Belém, Jesus o Amado, ao mundo vem”! Mas é inegável que nesta época do Natal esse tema se reveste de um brilho sem igual! Feliz Natal com Jesus!
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues