Pastoral 472 – “Se nos calarmos, seremos tidos por culpados”

“Este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos, e o anunciemos à casa do rei” (2Rs 7.9).

Missões é tarefa urgentíssima! Não pode ficar para amanhã ou deixada para outros. É dever de cada um daqueles que já foram salvos pela graça de Deus, por isso, devem comunicá-la. Uma santa incumbência, almejada até pelos anjos, mas atribuída a nós, como tarefa intransferível e urgente.

A experiência dos quatro leprosos que encontraram o acampamento dos Sírios sem nenhum soldado e repleto de provisões, num período em que Israel estava morrendo por falta de alimento, é uma boa ilustração da nossa responsabilidade diante do ambiente de morte que reina neste nosso mundo em caos.

A atitude daqueles leprosos deve inspirar nosso trabalho missionário. Há uma mensagem de boas novas a proclamar e se nos calarmos seremos tidos por culpados diante de Deus.

Quando Jesus comissionou Seus discípulos a esta tarefa, não fez mistérios, nem sugeriu a prática de manobras opressoras na evangelização, mas os fez entender a urgência da proclamação.

Enquanto os discípulos ocupavam-se de coisas concernentes ao mundo presente, Jesus olhava às multidões e se compadecia delas.

Quantas vezes nos comportamos como aqueles discípulos, ocupando-nos com coisas deste mundo, transitórias, enquanto oportunidades espirituais são deixadas de lado, literalmente perdidas?

Noutra ocasião Jesus disse: “Erguei os vossos olhos e vede os campos…”, uma referência tanto a pluralidade de pessoas como a urgência da colheita, pois os campos já estavam prontos para a ceifa.

Jesus sempre falou a multidões, não obstante ter tido muito tempo a sós com Seus discípulos. O chamado de cada um deles era uma experiência pessoal, portanto, a incumbência é igualmente pessoal. Cada um de nós é responsável diante de Deus. A individualidade nos relacionamentos com Deus sempre foi uma premissa bíblica.

O alvo de Deus com Seu projeto missionário é o mundo. Os enviados somos nós, a Igreja. Jamais se ouviu tanto sobre o evangelho como em nossos dias, até nas regiões onde o cristianismo é proibido. Mas, não percamos de vista: “Se nos calarmos seremos tidos por culpados”.

                                                                                                    Pr. Evaldo Bueno Rodrigues

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