Não desista de lutar!
“Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso” (Mt 11.28).
É significativo observar que só Mateus registre essas palavras de Jesus, inegavelmente uma das mais preciosas passagens bíblicas. Sobre esse texto disse Santo Agostinho: “Já li, Sócrates, Platão e Aristóteles, mas em nenhum deles li: vinde a mim, todos os cansados e oprimidos que eu vos aliviarei”. Certamente as palavras de Jesus alcançaram o coração de Mateus. Não por acaso ele deixou para trás uma cadeira vazia na coletoria de Cafarnaum e passou a seguir o Mestre.
Mateus, porém, não teve vida fácil. As lutas não o deixaram. A vontade de desistir certamente visitou seu enganoso coração. Seguir a Jesus não implica em ausência de adversidades, lutas; pelo contrário, o próprio Mestre declarou: “No mundo vocês terão aflições…” (Jo 16.33)
Quando os contemporâneos de Jesus O ouviram falar em “aflições” não imaginavam a profundidade do que Ele falava. Na verdade, nem mesmo um só dos discípulos compreendeu ou anteviu a experiência de aflição e dor que o Mestre estava para passar.
As adversidades fazem parte dos nossos contextos, mesmo aquelas que não são justas. São próprias desta vida e frutos das limitações físicas, emocionais e espirituais da raça humana, e quando não respeitamos essas limitações agravamos ainda mais as crises. Não é tão fácil administrar os conflitos, mas devemos nos espelhar em Jesus, que os enfrentou e os venceu.
Em Sua própria experiência de vida Jesus nos ensina a estarmos preparados para passar pelas aflições e jamais desistir. Ser um vencedor em meio às muitas tribulações é saber compreender o poder restaurador de Deus que pode transformar o sofrimento humano em bênçãos para o homem e glória para o Senhor Deus.
“Por isto não desfaleçamos, ainda que rodeados de obstáculos; ainda que confundidos pelo caminho; ainda que perseguidos… pois, ainda que o corpo físico se desgaste, interiormente nota-se dia a dia uma renovação de vigor e de vida. Com Cristo jamais estaremos desamparados e jamais seremos vencidos” (2 Co 4.7-9,16).
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues