Um pastor chamado Egydio

   Meus pais, Pr. Egydio e Judith, sempre tiveram o coração disposto em servir a Jesus e meus irmãos e eu crescemos vendo o exemplo deles.

   Papai foi muito ativo, mas adquiriu Alzheimer. Foi hospitalizado até liberarem Home Care. Difícil o tempo no hospital: muito aprendizado, testemunho e compartilhar da Palavra. Vários profissionais sabendo que papai era Pastor, diziam estar longe da comunhão e pude aconselhar a voltarem para Deus. Entreguei folhetos aos funcionários emocionados ao ver nosso carinho pelo papai. Pessoas ouviam hinos que eu colocava no celular. Certa noite uma enfermeira não estava bem e pediu para o papai orar por ela. Mesmo com dificuldade, ele orou. Depois ela agradeceu a oração dizendo que se sentiu melhor.

   Fomos para casa. Montou-se um quarto hospitalar. Noites em claro… Papai teve pneumonia. Voltamos ao hospital sem vontade de estar ali. Fazíamos tudo primeiro para Deus e depois para o papai. A família precisou decidir se ele seria entubado ou aconteceria a morte natural. Senti imensa tristeza por ter de tomar esta decisão. Buscamos a Deus e também orientação pastoral. Acompanhamos seus últimos minutos cantando e orando. Nesses 54 dias Deus falou ao meu coração: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5.18). Nesta “escola da vida” aprendi que depender de Deus é a melhor solução, Ele sempre teve a resposta certa e tudo a Seu tempo foi sendo resolvido.

   Louvo a Deus por meu esposo e filhos que foram totalmente compreensivos. Preciosas foram as orações dos irmãos! Sou grata pelas pessoas que Deus preparou para nos ajudar em situações complexas e nas horas em que precisamos de apoio.

                        Shirley Barbosa Rohde