Cristo é o nosso Cordeiro Pascal
Conhecida como Pessach, a Páscoa Judaica, aquela efetivamente ordenada aos judeus, celebra a libertação do povo de Deus do Egito, conforme relatado no Livro do Êxodo. Feito memorável e por isso a páscoa foi instituída por Deus aos judeus e ordenada para que fosse transmitida às gerações vindouras como mandamento.
Ainda hoje, durante a celebração da páscoa, judeus do mundo todo “mantém suas casas limpas e arrumadas, e todo um conjunto específico de talheres é utilizado na celebração. Qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. A família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das maldiçoes egípcias. Várias refeições e narrativas são intercaladas como forma de se reforçar o significado da páscoa judaica. Alimentos empregados relembram a experiência que os judeus tiveram no tempo em que viveram no Cativeiro do Egito, as dez pragas impostas e os milagres divinos que os retiraram daquele lugar”.
Há muitos equívocos cometidos pelos cristãos hoje, em relação à páscoa, porque, de fato, as ordenanças para Israel na Antiga Aliança perderam o seu valor, quando aquilo que elas prefiguravam já foi manifestado aos homens.
Com o advento de Cristo, morte e ressurreição, a páscoa foi substituída pela celebração da Ceia do Senhor, com o pão e o vinho, em Sua memória. Não está em cena o trazer à memória a saída do Egito, a libertação física. A Ceia marca em nossa mente e coração a libertação espiritual, a salvação do pecado, o dom da vida eterna e anuncia a volta gloriosa de Cristo. A Ceia do Senhor é o cerimonial instituído por Jesus Cristo para a Sua Igreja. Paulo escreveu: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei…” (1 Co 11.23-27).
Não temos sustentação bíblica para trazer ao contexto da igreja a celebração da páscoa, nem nenhuma outra ordenança da Antiga Aliança. Não há regulamentação apostólica para isto. Paulo disse: “para a liberdade Cristo vos libertou; permaneceis, pois, firmes e não vos torneis a colocar debaixo de jugo de servidão” (Gl 5.1).
Quando Paulo diz: “Cristo é o nosso Cordeiro pascal” (1Co 5.7), ele faz referência à liberdade para a qual Cristo nos chamou. Jesus ressuscitou e por isso na celebração da igreja o culto da ressurreição e a Ceia são os elementos predominantes e devem ser marcados pela reverência, alegria e esperança.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues