As portas, Deus abre…
“Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar” (Ap 3.8).
Fazer missões é aproveitar as oportunidades das muitas portas abertas que o próprio Deus coloca diante de cada um de nós. Todos os dias, nos mais variados momentos, desde o levantar até o deitar, o Espírito Santo de Deus coloca diante dos crentes “Portas Abertas” para o testemunho cristão, o testemunho de fé que comunica a mensagem da salvação.
A proclamação do evangelho de Jesus Cristo, crucificado, morto e ressurreto, o único que tem poder para redimir o homem do pecado, é tarefa e é privilégio nosso. É a Missão de Deus sendo realizada pela igreja. É a tarefa prioritária e urgente que temos sob nossa responsabilidade com a chancela do próprio Espírito Santo de Deus que abre portas para que esta obra prospere. É o Espírito Santo que prepara os corações que receberão a semente que vai germinar. É o Espírito Santo que aponta o caminho aos que estão levando a boa semente e abre portas para que os “mensageiros dos pés formosos” (Rm 10.15) cumpram com o seu dever cristão.
Lendo as cartas de Paulo às igrejas do primeiro século notamos como essa convicção era latente na vida do apóstolo. Ele não só aprendeu a depender do Espírito, como também pedia às igrejas que orassem por ele para que pudesse cumprir sua missão: “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; para que eu o manifeste, como devo fazer” (Cl 4.3-4).
Convicto de que era o Senhor quem dirigia os seus passos, Paulo não temia os reveses, as ameaças, as pedras, ainda que muitas vezes em forma de cruel oposição: “Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários” (1Co 16.8-9). Éfeso talvez tenha sido a cidade onde ele enfrentou a mais feroz perseguição. Ele mesmo escreveu: “Foi acima das minhas forças, a ponto de perder a esperança da própria vida” (2Co 1.8). Contudo, Paulo tinha sua confiança em Deus. Ele sabia que o Deus que abriu aquela porta para evangelização haveria de livrá-lo, dar-lhe êxito na tarefa e colher os frutos daquele trabalho.
Com certeza Deus estava ensinado a Paulo, e a nós, o exercício da confiança exclusiva Nele. Ele é o Deus que chama, o Deus que salva e o Deus que envia os chamados através das portas que Ele mesmo abre para a evangelização do mundo. Em qualquer lugar onde o crente estiver Deus haverá de abrir-lhe portas para o testemunho cristão: “Ora, quando cheguei a Trôade para pregar o evangelho de Cristo uma porta se me abriu no Senhor” (2Co 2.12).
O único meio para o pecador reconhecer a sua condição diante de Deus e a amplitude do seu pecado é ouvindo a Palavra de Deus: “Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23). Sem Cristo, sem o evangelho, os seres humanos são transgressores da lei de Deus e, portanto, condenados à morte porque o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). O evangelho é a Boa Nova da salvação, a Boa Notícia de Deus para todo aquele que crê.
As portas abertas por Deus são, ao mesmo tempo, oportunidades de serviço para os cristãos e de salvação para os pecadores. Sem essas portas não teríamos como alcançar o mundo com a mensagem da redenção. Que o Senhor nos ajude a aproveitarmos todas as portas abertas por Deus.
Pr. Evaldo Bueno Rodrigues