A família como Deus a criou

“A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus descendentes no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como família bendita no Senhor” (Is 61.9).

A Bíblia apresenta a família como uma instituição divina, criada antes da queda, antes do pecado, portanto, santa, pura, perfeita, uma obra prima do Criador. O chamado “Clã familiar” não é simplesmente o resultado do ajuntamento de pessoas unidas por parentesco, linhagem e descendência dos mesmos ancestrais. A família foi planejada e idealizada para a felicidade dos seres humanos e para a multiplicação da humanidade.

Portanto, o Senhor não somente criou a família, mas, também, estabeleceu padrões, princípios, limites, esfera de ação, para a formação e perfeito desenvolvimento e funcionamento da família. Ignorar esses padrões de Deus é loucura, é pecado e traz consequências nada agradáveis.

A família tem seu alicerce no casamento, conforme o próprio Deus assim nos ensinou de acordo com o que lemos nos registros de Gênesis. E, casamento pressupõe renúncia, mudança, uma nova posição diante de Deus: “por isso deixa o homem pai e mãe, e se une a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24).

Constituir-se em família implica em tornar-se outro. Nenhum homem e nenhuma mulher podem ser os mesmos depois do casamento, pois através do matrimônio ambos se tornam um, o que faz de cada um individualmente apenas metade. Eles juntos se completam. Existe entre eles uma interdependência natural. Os casados são parte um do outro e juntos representam a entidade conjugal sobre a qual a família será formada.

Por isso, não podemos aceitar nenhuma inserção humana no âmbito da família. A Escritura não autoriza, não autentica e muito menos abençoa qualquer ajuntamento, fruto do coração pecaminoso do homem. Deus deixou-nos critérios claros e definidos para constituirmos família. Andar por caminhos paralelos certamente custará alto preço.

O sábio edifica sobre a rocha, já o tolo prefere a areia aparentemente bem mais confortável. O sábio edifica em terreno firme e, em vindo a tempestade, eles resistirão. O tolo, que lançou alicerces sobre a instabilidade, ao enfrentar a primeira tempestade colherá ruína e destruição.

As turbulentas crises que enfrentamos hoje na sociedade brasileira e mundial decorrem prioritariamente da ruína na instituição chamada família. A ausência de padrões, valores e princípios no coração das pessoas, as deixam sob a luz de seus próprios crivos, faz delas seus próprios árbitros, uma calamidade, tendo em vista os maus desígnios do enganoso coração do homem.

A família cristã Deus precisa seguir o seu caminho cumprindo com fidelidade o seu papel, gerando filhos que aprendam a amar o Senhor, combatendo as raposinhas que aparecem para destruir a vinha, proclamando a glória de Deus às nações e anunciando em alto e bom som que só Jesus Cristo salva.

Pr. Evaldo Bueno Rodrigues